Se porventura ainda há aqui alguém que duvida que os Estados Unidos são um lugar onde tudo é possível, que ainda se questiona se o sonho dos nossos fundadores continua vivo actualmente, que ainda questiona a força da nossa democracia, esta noite é a sua resposta.
É a resposta dada pelas filas que se estenderam em redor de escolas e igrejas, num número como esta nação nunca antes tinha visto, pelas pessoas que esperaram três e quatro horas, muitas delas pela primeira vez nas suas vidas, porque acreditavam que esta vez tinha que ser diferente e que as suas vozes podiam fazer essa diferença.É a resposta dada pelos jovens e idosos, ricos e pobres, democratas e republicanos, negros, brancos, hispânicos, indígenas, homossexuais, heterossexuais, deficientes e não deficientes. Americanos que transmitiram ao mundo a mensagem de que nunca fomos uma simples colecção de indivíduos nem uma colecção de Estados vermelhos e de Estados azuis. Somos, e sempre seremos, os Estados Unidos da América.
É a resposta que levou aqueles a quem foi dito, durante tanto tempo e por tantas pessoas, para serem cépticos, temerosos e a pôr em dúvida tudo aquilo que poderíamos conseguir, a colocarem as mãos no arco da História e a dobrá-lo uma vez mais na direcção da esperança num dia melhor.Tardou a chegar, mas esta noite, devido ao que fizemos nesta data, nestas eleições, neste momento decisivo, a mudança chegou aos Estados Unidos.
Esta noite, recebi um telefonema extraordinariamente cortês do senador McCain.O senador McCain lutou longa e duramente nesta campanha. E lutou ainda mais longa e duramente pelo país que ama. Fez sacrifícios pelos Estados Unidos que não podemos nem imaginar. Todos beneficiámos com o serviço prestado por este líder corajoso e abnegado.Felicito-o, felicito a governadora Palin, por tudo o que conseguiram. E desejo colaborar com eles para renovar a promessa desta nação nos próximos meses.
Quero agradecer ao meu parceiro nesta viagem, um homem que fez campanha com todo o seu coração e que falou pelos homens e mulheres com quem foi criado nas ruas de Scranton e com quem regressava de comboio a casa, em Delaware, o vice-presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden.E não estaria aqui esta noite sem o apoio incondicional da minha melhor amiga nos últimos 16 anos, o pilar da nossa família, o amor da minha vida, a próxima primeira dama da nação, Michelle Obama.Sasha e Malia, amo-vos às duas mais do que possam imaginar. E mereceram o novo cachorro que nos acompanhará até à nova Casa Branca.E apesar de já não estar entre nós, sei que a minha avó está a ver-nos, juntamente com a família que fez de mim aquilo que sou hoje. Tenho muitas saudades deles esta noite. Sei que a minha dívida para com eles é incalculável.À minha irmã Maya, à minha irmã Alma, a todos os meus outros irmãos e irmãs, obrigado por todo o apoio que me deram. Estou-vos grato.
E ao meu chefe de campanha, David Plouffe, o herói não reconhecido desta campanha, quem construiu a melhor, a melhor campanha política, estou certo, da história dos Estados Unidos da América.Ao meu principal estratega, David Axelrod, que foi um parceiro em cada passo deste caminho.À melhor equipa de campanha que foi formada na História da política. Vocês fizeram disto uma realidade e estou-vos eternamente agradecido pelo que sacrificaram para o conseguirem.É vossa, esta vitória.
Mas, acima de tudo, nunca esquecerei a quem pertence verdadeiramente esta vitória. Ela é vossa. Ela é vossa.Nunca pareci o candidato a este cargo com mais possibilidades. Não começámos com muito dinheiro nem com muito apoio. A nossa campanha não foi planeada nos corredores de Washington. Teve início nos jardins traseiros de Des Moines, nas salas-de-jantar de Concord e nos porches de Charleston. Foi criada pelos trabalhadores e trabalhadoras que recorreram às poucas poupanças que tinham para doarem cinco, dez e vinte dólares a esta causa.
Adquiriu força com os jovens que rejeitaram o mito da apatia da sua geração, que deixaram para trás as suas casas e as suas famílias por empregos com fraca remuneração e que lhes tiraram muitas horas de sono.Adquiriu força com as pessoas não tão jovens que enfrentaram o frio gélido e o calor ardente para baterem às portas de desconhecidos e com os dois milhões de americanos que se voluntarizaram, se organizaram e demonstraram que, mais de 200 anos depois, um governo do povo, pelo povo e para o povo não se desvaneceu da Terra. Esta é a vossa vitória.
E sei que não fizeram isto apenas para ganharem umas eleições. E sei que não o fizeram por mim.Fizeram-no porque compreendem a magnitude da tarefa que está pela frente. Porque apesar de celebrarmos esta noite, sabemos que os desafios de amanhã são os maiores do nosso tempo – duas guerras, um planeta em perigo e a pior crise financeira num século.
Apesar de estarmos aqui esta noite, sabemos que há americanos corajosos que estão a acordar nos desertos do Iraque e nas montanhas do Afeganistão para arriscarem as suas vidas por nós. Há mães e pais que ficam acordados depois de os seus filhos adormecerem e que se questionam como é que irão pagar o empréstimo da casa ou as contas dos médicos ou como é que irão poupar o suficiente para pagarem a educação universitária dos seus filhos.Há uma nova energia para aproveitar, novos postos de trabalho para criar, novas escolas para construir e ameaças para responder, alianças para reformular.
O caminho em frente será longo. A subida será íngreme. Poderemos não chegar lá num ano nem mesmo num mandato presidencial. Mas, América, nunca me senti tão esperançado - como estou esta noite – de que lá chegaremos. Prometo-vos que nós, como povo, chegaremos lá.Haverá contrariedades e falsas partidas. Há muitos que não concordarão com todas as decisões ou medidas políticas que eu tomar como presidente. E sabemos que o governo não pode resolver todos os problemas.Um presidente que escutará. Mas serei sempre honesto convosco acerca dos desafios que tivermos pela frente. Escutá-los-ei, especialmente quando estivermos em desacordo. E, acima de tudo, pedir-vos-ei que participem na tarefa de reconstruir esta nação da única forma que tem sido feito na América há 221 anos – bloco sobre bloco, tijolo sobre tijolo, mão encalecida sobre mão encalecida.
Aquilo que começou há 21 meses, em pleno Inverno, não pode terminar nesta noite de Outono. Esta vitória, só por si, não é a mudança que procuramos. É apenas a oportunidade de criarmos essa mudança. E isso não poderá acontecer se voltarmos ao que era antes. Não poderá acontecer sem vocês, sem um novo espírito de serviço, um novo espírito de sacrifício.Assim, impregnemo-nos de um novo espírito de patriotismo, de responsabilidade, em que cada um de nós participe e trabalhe mais e cuide não só de si mesmo mas também dos outros.
Recordemos que, se esta crise financeira nos ensinou alguma coisa, foi que não podemos ter uma Wall Street próspera enquanto a Main Street [o cidadão comum] sofre.Neste país, ascendemos ou caímos como uma só nação, como um só povo. Resistamos à tentação de voltar a cair no mesmo tipo de partidismo, de mesquinhez e de imaturidade que intoxicou a nossa vida política durante tanto tempo.Recordemos que foi um homem deste Estado quem levou pela primeira vez à Casa Branca a bandeira do Partido Republicano, um partido alicerçado nos valores da auto-suficiência, da liberdade do indivíduo e da unidade nacional.Esses são valores que todos partilhamos.
E apesar de o Partido Democrata ter conseguido uma grande vitória esta noite, isso acontece com humildade e a determinação de curar as divisões que impediram o nosso progresso.Conforme disse Lincoln a uma nação muito mais dividida do que a nossa, não somos inimigos mas sim amigos. Apesar da paixão poder ter sido refreada, não deve romper os nossos laços de afecto. E quero dizer aos americanos cujo apoio tenho ainda de conquistar que posso não ter ganho os vossos votos esta noite, mas escuto as vossas vozes. Preciso da vossa ajuda. E serei também o vosso presidente.A América pode mudar.
E a todos aqueles que nos vêem esta noite, mais além da nossa costa, em parlamentos e palácios, a todos aqueles que estão agarrados à rádio nos recantos mais esquecidos do mundo, as nossas histórias são diversas, mas o nosso destino é partilhado e é chegado um novo amanhecer da liderança norte-americana.A todos aqueles – a todos aqueles que querem derrubar o mundo: vamos derrotar-vos. A todos aqueles que procuram paz e segurança: vamos apoiar-vos. E a todos aqueles que se perguntam se o farol dos Estados Unidos ainda ilumina com o mesmo vigor: esta noite provámos, uma vez mais, que a verdadeira força da nossa nação não provém do poder das nossas armas nem da magnitude da nossa riqueza, mas sim do poder duradouro dos nossos ideais: a democracia, a liberdade, a oportunidade e a esperança firme.É esta a verdadeira genialidade da América: que a América pode mudar. A nossa união pode ser aperfeiçoada. Aquilo que já alcançámos dá-nos esperança em relação ao que podemos e temos de alcançar amanhã.
Estas eleições tiveram muitas novidades e muitas histórias que se contarão durante muitas gerações. Mas uma que tenho em mente esta noite é a de uma mulher que votou em Atlanta. É uma pessoa semelhante aos milhões de outras pessoas que estiveram na fila para fazerem valer a sua voz nestas eleições, excepto numa coisa: Ann Nixon Cooper tem 106 anos. Nasceu na geração logo a seguir à escravatura; uma época em que não havia carros nas estradas nem aviões nos céus; em que uma pessoa como ela não podia votar, por duas razões: porque era mulher e por causa da cor da sua pele.E esta noite penso em tudo aquilo que ela viu ao longo do século que viveu na América – a desolação e a esperança.
A luta e o progresso; as vezes que nos disseram que não éramos capazes e as pessoas que se esforçaram por levar avante o credo americano: sim, somos capazes.
Numa época em que as vozes das mulheres eram silenciadas e as suas esperanças eram desvanecidas, ela sobreviveu a tudo isso e conseguiu vê-las levantarem-se, expressarem as suas opiniões e votarem. Sim, somos capazes.
Quando havia desespero e depressão em todo o país, ela viu como uma nação superou o seu próprio medo com um New Deal, novos empregos, um novo sentido de propósitos comuns. Sim, somos capazes.
Quando as bombas caíram nos nossos portos e a tirania ameaçou o mundo, ela ali esteve para testemunhar como uma geração respondeu com grandeza e a democracia foi salva. Sim, somos capazes.Ela estava presente para ver os autocarros de Montgomery, aspersores de rega em Birmingham, uma ponte em Selma e um pregador em Atlanta que disse a um povo que “Havemos de Superar”. Sim, somos capazes.
Um homem chegou à lua, um muro caiu em Berlim e o mundo interligou-se através da nossa ciência e imaginação.E este ano, nestas eleições, ela tocou com o seu dedo num ecrã e votou, porque depois de 106 anos na América, vivendo boas e más horas, ela sabe que a América pode mudar. Sim, somos capazes. América, chegámos muito longe. Já vimos muito. Mas há muito mais para fazer. Por isso, esta noite, perguntemo-nos – se os nossos filhos viverem para ver o próximo século, se as nossas filhas tiverem a sorte de viver tanto tempo como Ann Nixon Cooper, que mudanças verão? Que progressos teremos feito? Esta é a nossa oportunidade de respondermos a esse chamamento.
Este é o nosso momento.É tempo de darmos empregos ao nosso povo e abrirmos as portas da oportunidade para os nossos filhos; de restaurarmos a prosperidade e fomentarmos a causa da paz; de recuperarmos o sonho americano e reafirmarmos essa verdade fundamental que, em muitos, somos um só; que enquanto respirarmos, teremos esperança. E quando nos depararmos com cepticismo e dúvidas e com pessoas que nos digam que não somos capazes, responderemos com esse credo eterno, que resume o espírito de um povo: sim, somos capazes.Obrigado. Que Deus vos abençoe. E que Deus abençoe os Estados Unidos da América.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Excertos de um discurso histórico
"Demonstrámos, mais uma vez, que a força autêntica da nossa nação não deriva do poder das nossas armas nem da magnitude da nossa riqueza, mas do poder duradouro dos nossos ideais: a democracia, a liberdade, a oportunidade e a esperança firme"
"Aos que derrubariam o mundo: vamos vencê-los. Aos que buscam a paz e a segurança internacional: vamos apoiá-los"
"Aos que derrubariam o mundo: vamos vencê-los. Aos que buscam a paz e a segurança internacional: vamos apoiá-los"
Noite histórica...
E fez-se história e escreve-se uma nova...
Não conseguiria ir dormir sem antes vir escrever. A noite começou com nervos. A esperança era muita. Os estados que Obama precisava de ganhar não havia projecções à meia-noite. E até às duas da manhã sofreu-se naquela sala. A acompanhar tudo na CNN e na RTPN, com muitas gargalhadas enquanto a SIC só mostrava... (nem sei que nome dar) Mas às duas da manhã quando se soube que Ohio era de Obama a Fox e a RTPN anunciaram "O próximo presidente dos Estados Unidos é Barack Obama!". Celebrámos mas não a preceito... Continuámos à espera que a CNN tornasse oficial.
E às 4 da manhã com o fecho das urnas do lado oeste do país a explosão do número. E Obama presidente. Abriu-se o champagne, brindou-se à mudança e à esperança. E esperou-se pelo discurso...
Ouvi o discurso como se tratasse do meu presidente. Fiquei arrepiada, fiquei com lágrimas nos olhos. "Yes We Can" and "Yes He Did"
Este grupo de amigos acreditou há 11 meses que havia esperança e mudança. Quando muitos apoiavam a Hillary nós acreditámos que este homem iria ganhar. E hoje provou. Hoje ganhou. Hoje sorrimos. Hoje sonhámos. Hoje deu-nos vontade de meter num avião e ir...
E às 4 da manhã com o fecho das urnas do lado oeste do país a explosão do número. E Obama presidente. Abriu-se o champagne, brindou-se à mudança e à esperança. E esperou-se pelo discurso...
Ouvi o discurso como se tratasse do meu presidente. Fiquei arrepiada, fiquei com lágrimas nos olhos. "Yes We Can" and "Yes He Did"
Este grupo de amigos acreditou há 11 meses que havia esperança e mudança. Quando muitos apoiavam a Hillary nós acreditámos que este homem iria ganhar. E hoje provou. Hoje ganhou. Hoje sorrimos. Hoje sonhámos. Hoje deu-nos vontade de meter num avião e ir...
YES
WE
CAN
WE
CAN
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Afluência histórica em dia histórico
Os candidatos democrata e republicano à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama e John McCain, assim como os seus vice-presidentes, Joe Biden e Sarah Palin, já votaram nos respectivos estados numa eleição histórica, para a qual o senador do Illinois partiu com vantagem nas sondagens, podendo tornar-se o primeiro Presidente afro-americano do país. As filas nos vários estados são cada vez mais longas mas, até agora, não foram registados problemas significativos. Hoje esperam-se cerca de 130 milhões de eleitores, o número mais elevado desde 1960.
Obama votou em Chicago, no Illinois, e McCain em Phoenix, no Arizona, num dia em que são esperados recordes na afluência às urnas, especialmente tendo em conta que cerca de 29 milhões de pessoas votaram antecipadamente. Hoje esperam-se qualquer coisa como 130 milhões de eleitores, o número mais elevado desde 1960, de acordo com Justin Webb, da BBC. Os candidatos à vice-presidência votaram também nos seus estados – Palin no Alasca e Joe Biden em Delaware.
Ao início do dia, Obama conseguiu 15 dos 21 votos em Dixville Notch, New Hampshire, onde foi cortada a fita para o grande dia das eleições logo à meia-noite, como vem sendo tradição. Esta foi, contudo, a primeira vez que esta localidade escolheu um democrata para presidente, desde 1968. Barack venceu ainda em Hart's Location, outra pequena localidade de New Hampshire que é das primeiras a abrir. Por tradição, estas duas localidades são sempre as primeiras a abrir e a fechar no dia das eleições.
George W. Bush venceu nestas duas localidades na sua eleição e reeleição, respectivamente em 2000 e 2004. A última vez que Dixville Nox disse não a um republicano foi na eleição de Nixon, que acabou por ganhar. Em 2004 George Bush ganhou a maioria dos votos, 19 em 21. O mesmo tinha acontecido em 2000. Por isso a localidade, apesar de ser um microcosmos, é vista como simbólica do resultado final e tem uma grande atenção mediática. O estado do New Hampshire apenas elege 4 votos no colégio eleitoral.
A última sondagem publicada pela Reuters/C-SPAN/Zogby indica que Obama tem uma vantagem de 11 pontos para McCain, conseguindo cativar 54 por cento do eleitorado, contra os 43 por cento republicanos. Mas há outras sondagens que dão ao senador do Illinois uma vantagem ainda mais positiva: 13 pontos. No entanto, nada disto é certo, pois há também muitos inquiridos indecisos e que podem mudar o curso da história.
Fonte: Público
Barack Obama: Uma voz
"A tua voz pode mudar o mundo"
Cerca de 78 por cento dos latino-americanos preferem Obama
Na recta final das eleições presidenciais norte-americanas, mais de três quartos dos eleitores hispânicos preferem o candidato democrata Barack Obama, de acordo com um último estudo hoje publicado. Segundo a última sondagem da The Univision/Reuters/Zogby, 78 por cento destes eleitores vão votar no Senador do Illinois e apenas 13 por cento preferem o rival John McCain, senador do Arizona.
Na sondagem, que foi feita entre 30 de Outubro e 2 de Novembro, foi também perguntado aos entrevistados quais seriam os principais problemas que gostariam de ver resolvidos pelo próximo ocupante da Casa Branca. Para 54 por cento dos inquiridos as questões relacionadas com a economia e com o emprego são decisivas na hora de escolher o candidato, seguidas da saúde e da imigração, com 12 e 11 por cento, respectivamente.
A população dos Estados Unidos é composta por 15 por cento de hispânicos, mas apenas nove por cento pode votar. No entanto, por serem uma camada indecisa, estes eleitores podem ainda mudar o rumo das eleições, em especial nos estados do sudoeste do país, assim como na Florida.
Fonte: Reuters
Obama e Biden já votaram
O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, já votou em Chicago. O senador do Illinois compareceu nas mesas eleitorais pouco depois das 07h30 locais (13h30 de Lisboa), acompanhado pela sua mulher e pelas suas duas filhas.Ao fim da noite de ontem, cerca de 90 mil pessoas estiveram reunidas em Manassas (na Virgínia), onde Obama encorajou os seus partidários a não “afrouxarem, não se sentarem nem pararem, nem por uma hora, nem por um segundo” antes do fim do escrutínio. Num gesto fora do comum, o candidato agradeceu aos jornalistas que o seguiram durante os 21 meses de campanha pela “sua boa vontade e compreensão” apesar de “algumas fricções”.
Além do Presidente, os americanos são também chamados a renovar um terço do Senado e a totalidade da Câmara dos representantes. Segundo as sondagens, os democratas deverão reforçar a sua maioria no Congresso.Pouco depois de Obama, o seu candidato à vice-presidência, Joe Biden, votou em Delaware.
Fonte: Público
Deixem-me acreditar...
Naif. Chamem-me Naif. Ingénuo. Simplista. Romântico. Intelectual. Chamem-me essas coisas todas apenas porque ainda acredito. Como escreve hoje o João Miguel Tavares no DN, porque tenho esperança. É esse o meu conforto.
Lembro-me do dia em que ouvi Obama discursar na Convenção Democrata, há quatro anos, quando os azuis escolheram Kerry para defrontar Bush. Fixei-lhe o rosto e guardei a novidade: “Não há a América “x” e a América “y”. Mais tarde acrescentou: “Não sei dividir o mundo entre bons e maus. Mas sei o que custa a injustiça de não poder ir até onde achamos que podemos ir”.
Não vou assumir que antecipei o fenómeno, mas compreendi-lhe a energia. Chamemos-lhe diferença. No fundo é isso, não é? Seguiram-se as primárias. E aí o mundo começou por ser Hillary. Portugal era Hillary. As pessoas com quem falava não acreditavam em Obama. Falavam da superficialidade da retórica. Tudo porque ninguém quer ficar do lado do derrotado, do eterno “se”. Hillary era certeza. Obama devaneio. E foi assim até à “Super Terça-feira”.
Passaram onze meses. Parece que foi ontem. Naif. Voltem a chamar-me isso e muito mais, apenas porque ainda tenho espaço para acreditar no fim do maniqueísmo. Dessa coisa tão conservadora de ver o mundo a preto e branco. Foi isso que aprendi ao logo desta caminhada. Sim. Que o D.Sebastianismo é apenas uma chaga lusitana. Não acredito que Obama seja a solução para todos os problemas do universo. Nem que tenha alma imaculada. Mas faz-me acreditar. Deixem-me, pelo menos por mais esta noite, continuar a acreditar...
Lembro-me do dia em que ouvi Obama discursar na Convenção Democrata, há quatro anos, quando os azuis escolheram Kerry para defrontar Bush. Fixei-lhe o rosto e guardei a novidade: “Não há a América “x” e a América “y”. Mais tarde acrescentou: “Não sei dividir o mundo entre bons e maus. Mas sei o que custa a injustiça de não poder ir até onde achamos que podemos ir”.
Não vou assumir que antecipei o fenómeno, mas compreendi-lhe a energia. Chamemos-lhe diferença. No fundo é isso, não é? Seguiram-se as primárias. E aí o mundo começou por ser Hillary. Portugal era Hillary. As pessoas com quem falava não acreditavam em Obama. Falavam da superficialidade da retórica. Tudo porque ninguém quer ficar do lado do derrotado, do eterno “se”. Hillary era certeza. Obama devaneio. E foi assim até à “Super Terça-feira”.
Passaram onze meses. Parece que foi ontem. Naif. Voltem a chamar-me isso e muito mais, apenas porque ainda tenho espaço para acreditar no fim do maniqueísmo. Dessa coisa tão conservadora de ver o mundo a preto e branco. Foi isso que aprendi ao logo desta caminhada. Sim. Que o D.Sebastianismo é apenas uma chaga lusitana. Não acredito que Obama seja a solução para todos os problemas do universo. Nem que tenha alma imaculada. Mas faz-me acreditar. Deixem-me, pelo menos por mais esta noite, continuar a acreditar...
O cenário mais provável é este...
Barack Obama consegue 338 votos eleitorais, contra apenas 200 do candidato republicano John McCain. Ao confirmar-se, trata-se de uma vitória esmagadora, tendo em conta que o vencedor necessita apenas de 270 votos para ser eleito.
Neste cenário, Obama alcança a vitória no Ohio e Florida, assim como no Nevada e na Virginia.
Assim o esperámos.
Nota: Infelizmente há já relatos de falhas nas máquinas de voto. É preciso ter bem presente o ano 2000, quando uma máquina eleitoral da Florida iniciou o programa de voto "oferecendo" mais de 12.000 votos a George W. Bush. O republicano venceu no Estado com uma margem inferior a 1%.
Barack Obama vence nas duas primeiras mesas de voto a fechar
Barack Obama já vence
Barack Obama foi o grande vencedor nas duas primeiras mesas de voto a abrir - e a fechar - no dia da eleição presidencial, em Dixville Notch e Hart's Location, duas pequenas localidades de New Hampshire.
Estas duas localidades mantêm a tradição, desde 1948, de serem as primeiras a abrir no dia da eleição, precisamente à meia-noite local, 05h00 de Lisboa.
Todos os inscritos votam, o que permite abrir imediatamente as urnas para contar os votos.
Em Dixville Notch, o senador democrata Barack Obama venceu o seu rival republicano, John McCain, por 15 votos contra seis. Um grande alarido sublinhou o anúncio do resultado, uma vez que é a primeira vez desde 1968 que ali ganha um democrata. Em Hart's Location registaram-se 17 votos para Obama contra 10 para McCain.
Ron Paul, um congressista republicano da tendência libertária (avessos à intervenção do Estado) que não conseguiu a nomeação do partido, obteve dois votos "write-in" - o processo eleitoral norte-americano permite que os eleitores escrevam o nome de candidatos da sua preferência que não constem dos boletins de voto. O independente de esquerda Ralph Nader que, por seu turno, consta dos boletins de voto, não conseguiu nenhum nas duas localidades. Hart's location também tem favorecido o candidato republicano desde que retomou o voto madrugador em 1996.
George W. Bush venceu nestas duas localidades na sua eleição e reeleição, respectivamente em 2000 e 2004.
Fonte: Expresso
Today is THE DAY!
"A Democracia é muito mais do que a vontade da maioria"
Barack Obama.
Que bom seria que esta noite a vontande da maioria fosse superior a todas as imperfeições da Democracia.
Barack Obama.
Que bom seria que esta noite a vontande da maioria fosse superior a todas as imperfeições da Democracia.
Como acompanhar a noite eleitoral?
Saiba aqui como acompanhar a noite eleitoral "hora a hora". É um bom guia para imprimir e ajudar a compreender o andamento desta madrugada!
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Avó de Barack Obama morre na véspera das eleições
A avó do candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, morreu hoje vítima de doença prolongada. “É com grande tristeza que anunciamos que a nossa avó, Madelyn Dunham, morreu pacificamente depois de uma batalha contra o cancro”, lê-se no comunicado assinado pelo senador do Illinois e pela sua irmã, Maya Soetero-Ng.
“Era a pedra angular da nossa família e uma mulher de uma extraordinária força e humildade. Foi a pessoa que encorajou e que permitiu que tivéssemos as oportunidades”, lê-se também no comunicado, citado pelo "Washington Post", onde os netos referem que sabem que Madelyn partiu sabendo o grande impacto que tinha nos netos e que perdurará. “O que lhe devemos vai além de qualquer medida”, dizem.
Obama aproveita ainda para agradecer antecipadamente todas as flores ou cartões que sejam enviados ou as orações que sejam feitas “durante este tempo difícil” e informa que vão, mais tarde, proceder a uma cerimónia fúnebre privada, como era desejo da senhora de 86 anos. E deixa um apelo: “Em vez das flores, pedimos-vos que façam uma doação para qualquer organização que trabalhe na investigação de uma cura para o cancro”.
“Era a pedra angular da nossa família e uma mulher de uma extraordinária força e humildade. Foi a pessoa que encorajou e que permitiu que tivéssemos as oportunidades”, lê-se também no comunicado, citado pelo "Washington Post", onde os netos referem que sabem que Madelyn partiu sabendo o grande impacto que tinha nos netos e que perdurará. “O que lhe devemos vai além de qualquer medida”, dizem.
Obama aproveita ainda para agradecer antecipadamente todas as flores ou cartões que sejam enviados ou as orações que sejam feitas “durante este tempo difícil” e informa que vão, mais tarde, proceder a uma cerimónia fúnebre privada, como era desejo da senhora de 86 anos. E deixa um apelo: “Em vez das flores, pedimos-vos que façam uma doação para qualquer organização que trabalhe na investigação de uma cura para o cancro”.
Força Barack!
E amanhã dá-lhe mais motivos de orgulho..
Fonte: Público
Dia 4 de Novembro é Natal...
Sinto-me como uma criança no dia 23 de Dezembro. A excitação do dia seguinte. O acordar para um dia mágico. Parece que amanhã é Natal. Faltam poucas horas, um pouco mais de 24 horas para a magia começar a acontecer. Não é o Pai Natal que vai aparecer, não são os presentes que vão surgir debaixo da árvore de Natal. Mas é um dia de mudança, acredito que seja. É um dia em que milhões de pessoas do mundo inteiro estarão reunidas a aguardar o veredito e a sorrir. Vai ser uma noite de reunião, famílias irão juntar-se. Vão-se dar abraços, vão surgir sorrisos. A esperança consegue mover montanhas e amanhã o mundo inteiro vai-se encher dela à medida que as horas passam.
Amanhã vai-se fazer história. Eu que nunca acreditei em política estarei em frente da televisão, com os amigos. A sorrir e a brindar. "YES, WE CAN". E como diz no vídeo "Change and Hope!".
Mal posso esperar por amanhã, como uma criança que espera pela véspera de Natal. Obama não é o Pai Natal nem eu queria que fosse porque o Pai Natal não existe mas Obama existe!
Amanhã vai-se fazer história. Eu que nunca acreditei em política estarei em frente da televisão, com os amigos. A sorrir e a brindar. "YES, WE CAN". E como diz no vídeo "Change and Hope!".
Mal posso esperar por amanhã, como uma criança que espera pela véspera de Natal. Obama não é o Pai Natal nem eu queria que fosse porque o Pai Natal não existe mas Obama existe!
Noite eleitoral
"Onde estavas tu no 4 de Novembro de 2008?"
Para que não sejas obrigado(a) a dizer que estavas a dormir numa noite que pode ser histórica, amanhã vamos organizar a maratona eleitoral lá em casa. Quem quiser aparecer já sabe...
Se quiseres levar qualquer coisa para encher o “bandulho”, ou um líquido para matar a sede... estás à vontade! A partir das 22h45 a porta está aberta!
YES, WE CAN!
Para que não sejas obrigado(a) a dizer que estavas a dormir numa noite que pode ser histórica, amanhã vamos organizar a maratona eleitoral lá em casa. Quem quiser aparecer já sabe...
Se quiseres levar qualquer coisa para encher o “bandulho”, ou um líquido para matar a sede... estás à vontade! A partir das 22h45 a porta está aberta!
YES, WE CAN!
O retrato dos apoiantes republicanos... e da Sr. Palin
(McCain? Esse já era. Palin 2012!)
Num perfil que o New York Times fez de Sarah Palin, na semana passada, sublinhava-se a falta de interesses culturais da candidata a vice--presidente. O jornal lembrava que, quando adolescente, a única coisa que Palin lia eram as Selecções do Reader's Digest. No sábado, a campanha republicana programou um comício com Palin em Raleigh, capital da Carolina do Norte. A cidade foi berço de Andrew Johnson, filho de alfaiate e que trabalhou desde criança. Ele casou-se com Eliza, uma mulher ambiciosa que ensinou o marido a ler, aos 20 anos. Andrew meteu-se na política e foi convidado por Abraham Lincoln para vice-presidente. Afinal, na América, desde há muito se pode chegar a vice-presidente não se queimando as pestanas na juventude. E até a presidente, como foi Andrew Johnson (1865-69), depois do assassínio de Lincoln.
O comício de sábado foi no pavilhão onde se realiza a anual feira agrícola de Raleigh. As estradas que vão ter à capital da Carolina do Norte têm as bermas com relvados cuidados mas por esta época polvilhados de farripas brancas - é algodão que os camiões, vindos das colheitas, vão deixando cair. E Raleigh é a sede da célebre marca Lucky Strike, o tabaco sendo a outra produção local. A maioria, quatro em cinco, das viaturas estacionadas para o comício eram carrinhas de caixa aberta.
Duas horas antes de o comício começar já o pavilhão estava cheio. A Carolina do Norte fica sob a Virgínia, já é Sul profundo. Em Greensboro, cidade vizinha a Raleigh, quatro rapazes negros, em 1 Fevereiro de 1960, sentaram-se no balcão de uma lanchonete que dizia: "Só para Brancos." Não foram servidos, mas esperaram teimosamente o dia inteiro. O seu exemplo levou a outros sit-in, protestos pacíficos, que acabaram com a segregação racial no Sul dos Estados Unidos. Hoje, um terço da população de Raleigh é negra, a integração é oficial mas das centenas de pessoas que assistiram ao comício de Sarah Palin só uns 20 não eram brancos.
A cabeça rapada e luzidia de tão negra de Paul chamava a atenção. Ele estava com a mulher, Carrie, branca, e os filhos. São do estado de Nova Iorque mas há um ano vieram para a Carolina do Norte, para Apex, uma cidadezinha próxima, onde ele é vendedor da At'T, empresa de telecomunicações. "Tenho valores muito conservadores, sou cristão e portanto os meus candidatos são McCain e Sarah Palin", disse Paul para uma câmara de televisão, com o sorriso das explicações simples. Uma branca que assistia à entrevista, ao princípio desconfiada, desatou a bater palmas.
Sarah Palin ainda essa tarde tinha um comício em Polk City, na Florida, e demorava. Em Polk City haveria um incidente, noticiou-se depois, a organização local não pôs em lugar nenhum do comício o nome de McCain, só o de Sarah Palin. Mas no pavilhão de Raleigh eram camisolas "McCain-Palin" que se lançavam para a assistência. Martha Browne, de 45 anos, era outra das poucas caras morenas: mulata, veio da República Dominicana. Deixou o marido em casa, que era pró-Obama. Mas ela gosta dos republicanos. Enquanto se meneava ao ritmo do conjunto de bluegrass music Broke-N-Lonesome (Falido-e-Sozinho, um sintoma de crise), que fazia ranger os banjos, Martha explicou-se: "Amo a América, as músicas, as oportunidades."
Políticos locais subiam ao palco com a certeza de aplausos delirantes quando diziam o nome mágico. Que não era John McCain, mas Sarah Palin: "Sarah! Sarah! Sarah!" E também Joe, o Canalizador. Na assistência, alguém levantou um cartaz: "Eu sou Fred, o Camponês de Tabaco." E outro imitador que subiu ao palco para discursar. apresentou-se como "Mike, o Canalizador", a variante local do Joe de Ohio. Sem gravata e muito mais aplaudido que o antigo senador Bob Dole, candidato republicano de 1996, derrotado por Clinton. Enfim, de casaco azul-cobalto, grande alfinete com um elefante, símbolo republicano, Sarah Palin. As luzes apagaram-se antes de ela entrar e acenderam-se para a explosão. "Ela é que devia, ela é que devia...", diz Wren Rice, de 41 anos, para a mãe Robbin Blount, enquanto ambas abanavam bandeirinhas. Como se os republicanos já suspirassem por 2012.
Num perfil que o New York Times fez de Sarah Palin, na semana passada, sublinhava-se a falta de interesses culturais da candidata a vice--presidente. O jornal lembrava que, quando adolescente, a única coisa que Palin lia eram as Selecções do Reader's Digest. No sábado, a campanha republicana programou um comício com Palin em Raleigh, capital da Carolina do Norte. A cidade foi berço de Andrew Johnson, filho de alfaiate e que trabalhou desde criança. Ele casou-se com Eliza, uma mulher ambiciosa que ensinou o marido a ler, aos 20 anos. Andrew meteu-se na política e foi convidado por Abraham Lincoln para vice-presidente. Afinal, na América, desde há muito se pode chegar a vice-presidente não se queimando as pestanas na juventude. E até a presidente, como foi Andrew Johnson (1865-69), depois do assassínio de Lincoln.
O comício de sábado foi no pavilhão onde se realiza a anual feira agrícola de Raleigh. As estradas que vão ter à capital da Carolina do Norte têm as bermas com relvados cuidados mas por esta época polvilhados de farripas brancas - é algodão que os camiões, vindos das colheitas, vão deixando cair. E Raleigh é a sede da célebre marca Lucky Strike, o tabaco sendo a outra produção local. A maioria, quatro em cinco, das viaturas estacionadas para o comício eram carrinhas de caixa aberta.
Duas horas antes de o comício começar já o pavilhão estava cheio. A Carolina do Norte fica sob a Virgínia, já é Sul profundo. Em Greensboro, cidade vizinha a Raleigh, quatro rapazes negros, em 1 Fevereiro de 1960, sentaram-se no balcão de uma lanchonete que dizia: "Só para Brancos." Não foram servidos, mas esperaram teimosamente o dia inteiro. O seu exemplo levou a outros sit-in, protestos pacíficos, que acabaram com a segregação racial no Sul dos Estados Unidos. Hoje, um terço da população de Raleigh é negra, a integração é oficial mas das centenas de pessoas que assistiram ao comício de Sarah Palin só uns 20 não eram brancos.
A cabeça rapada e luzidia de tão negra de Paul chamava a atenção. Ele estava com a mulher, Carrie, branca, e os filhos. São do estado de Nova Iorque mas há um ano vieram para a Carolina do Norte, para Apex, uma cidadezinha próxima, onde ele é vendedor da At'T, empresa de telecomunicações. "Tenho valores muito conservadores, sou cristão e portanto os meus candidatos são McCain e Sarah Palin", disse Paul para uma câmara de televisão, com o sorriso das explicações simples. Uma branca que assistia à entrevista, ao princípio desconfiada, desatou a bater palmas.
Sarah Palin ainda essa tarde tinha um comício em Polk City, na Florida, e demorava. Em Polk City haveria um incidente, noticiou-se depois, a organização local não pôs em lugar nenhum do comício o nome de McCain, só o de Sarah Palin. Mas no pavilhão de Raleigh eram camisolas "McCain-Palin" que se lançavam para a assistência. Martha Browne, de 45 anos, era outra das poucas caras morenas: mulata, veio da República Dominicana. Deixou o marido em casa, que era pró-Obama. Mas ela gosta dos republicanos. Enquanto se meneava ao ritmo do conjunto de bluegrass music Broke-N-Lonesome (Falido-e-Sozinho, um sintoma de crise), que fazia ranger os banjos, Martha explicou-se: "Amo a América, as músicas, as oportunidades."
Políticos locais subiam ao palco com a certeza de aplausos delirantes quando diziam o nome mágico. Que não era John McCain, mas Sarah Palin: "Sarah! Sarah! Sarah!" E também Joe, o Canalizador. Na assistência, alguém levantou um cartaz: "Eu sou Fred, o Camponês de Tabaco." E outro imitador que subiu ao palco para discursar. apresentou-se como "Mike, o Canalizador", a variante local do Joe de Ohio. Sem gravata e muito mais aplaudido que o antigo senador Bob Dole, candidato republicano de 1996, derrotado por Clinton. Enfim, de casaco azul-cobalto, grande alfinete com um elefante, símbolo republicano, Sarah Palin. As luzes apagaram-se antes de ela entrar e acenderam-se para a explosão. "Ela é que devia, ela é que devia...", diz Wren Rice, de 41 anos, para a mãe Robbin Blount, enquanto ambas abanavam bandeirinhas. Como se os republicanos já suspirassem por 2012.
Fonte: DN/JN
O poder da imagem
O candidato republicano às eleições norte-americanas John McCain estende a mão aos seus apoiantes durante um comício em Durango, Colorado.
Foto: Brian Snyder/Reuters
Falta pouco mais de um dia... para o grande dia.
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