segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Para um liberal social não há outra escolha

Já não é a primeira vez que desafiam a minha coerência. Mas repito: "Um liberal social não pode não estar com Barack Obama". Percebo o argumento de quem me desafia. Entendo a lógica porque conheço as cabeças. Para eles, o liberalismo começa e acaba na economia, na visão "ultra-libertina" do mercado. Por isso, insistem na ideia de que um "liberal" - à sua imagem - só pode estar com os puristas, que é como quem diz com os Republicanos. Nada mais errado. Não só porque um "liberal social" não é um neoliberal, como a sua visão do mundo não se esgota na economia.

Claro que defendo um Estado reduzido a funções essenciais de regulação, Barack Obama também. Claro que defendo um Estado que, apesar de delegar, deve garantir serviços de saúde e de Educação de qualidade para todos, McCain não. Claro que me oponho à lógica do "unilateralismo" na gestão da política externa, Obama também. Claro que abomino a forma maniqueísta como os Republicanos encaram a vida: os bons e os maus, os certos e os errados... no fundo, eles e os outros.

Volto a repetir o que já disse vezes sem conta: o modelo americano não é o modelo de um liberal social. Para os liberais sociais não serve a lógica do salve-se quem puder. Já o ideal do sonho americano diz-nos mais qualquer coisa. Essa coisa simples de, pelo mérito, pelo querer, pelo trabalho... todo o indíviduo ter a oportunidade de ser aquilo com que sempre sonhou. E o Estado só deve existir na medida em que o ajuda a realizar esse mesmo desejo. Sem limitações. Sem constrangimentos. Sem imposições morais.

Por isso, para um liberal social não há outra escolha: Barack presidente, pois claro!

1 comentário:

xana disse...

Se o Obama ganhar, penso seriamente em ir mais rapido para os States!!